11 de out. de 2018

Domínio próprio



“Senhor Jesus, eu preciso de domínio próprio para meus impulsos no falar, pensar, agir e comer!”

Domínio próprio significa autocontrole. É o poder de dizer não a seus impulsos quando não são bons. Em um mundo de excessos, a Bíblia lista o domínio próprio como um dos frutos de uma vida orientada pelo Espírito Santo. O domínio próprio afeta várias áreas de sua vida:

Dominar, restringir ou controlar a própria pessoa, suas ações, sua linguagem ou seus pensamentos. (Gên 43:31; Est 5:10; Sal 119:101; Pr 10:19; Je 14:10; At 24:25) Os termos hebraico e grego que envolvem o autodomínio literalmente denotam ter domínio ou controle sobre si mesmo. O autodomínio é ‘fruto do espírito de Deus’ (Gál 5:22, 23); 


Para obtermos o domínio próprio precisamos conhecer:

1.O que é o domínio próprio?
A expressão domínio próprio, do grego enkrateia significa temperança, moderação ou autocontrole sobre nossos próprios desejos e paixões. Literalmente quer dizer “reprimir com mão firme”.
É saber controlar suas emoções ou atitudes, é quando temos o controle total do nosso próprio corpo, é quando nenhuma vontade ou vício consegue nos dominar. Alguns de nós temos tido lutas contra o excesso em diversas áreas de nossas vidas. Coisas boas podem tronar-se sérios problemas, virtudes podem tornar-se veneno.
O domínio próprio diz respeito ao que comemos ou bebemos, diz respeito à nossa vida sexual, ao que assistimos, ao que falamos (Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar,  é perfeito varão, capaz de refrear também todo corpo” - Tiago 3.2), à nossa vida financeira (compramos) e muito mais.
O apóstolo Paulo resume este assunto em 1 Coríntios 6.12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Há coisas que são mais simples de dominar, outras nos dominam e nem percebemos; domínio próprio é não ser dominado por nada, mas ter autocontrole de sua própria vida e decisões.
Temos tido essa virtude em nossa vida?

2.O que faz o domínio próprio?
Já vimos o que é o domínio próprio. Agora precisamos compreender o que essa virtude faz em nossa vida. Sem dúvida alguma o domínio próprio nos protege de muitas ciladas e problemas. Não ter o domínio próprio é ter muitas brechas em nossa vida: “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio” (Provérbios 25.28).

Alguns exemplos na Bíblia: Negativos - Eva diante da árvore que era boa para comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento não teve domínio contra sua vontade (Gênesis 3.6), Caim irou-se contra seu irmão, e apesar de Deus tê-lo alertado não teve domínio próprio: “... o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4.7), Davi diante de Bate-Seba (2 Samuel 11.2), Salomão diante das mulheres e riqueza (1 Reis 11), Ananias e Safira ao venderem suas terras (Atos 5) e muitos outros. Positivos – José diante da esposa de Potifar teve coragem para fugir (Gênesis 39.12), Daniel diante dos banquetes do rei: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia...” (Daniel 1.8), Jesus diante das tentações no deserto (Mateus 4), o apóstolo Paulo comparando-se ao atleta diz que esmurra seu corpo e o reduz à escravidão para que não venha a ser desqualificado (1 Coríntios 9.25-27), e muitos outros.
O domínio próprio constrói um muro de proteção à nossa volta.

3.Como obter o domínio próprio?
Já vimos o que é e o que faz o domínio próprio. Começa com um novo coração em Jesus Cristo. Precisamos compreender que enquanto seres humanos somos seres insaciáveis em nossos desejos e para isso precisamos do domínio próprio. Agora, apesar do domínio ser próprio o fruto é do Espírito. Vamos lembrar de que estamos falando sobre desfrutarmos do Espírito. Quero dizer que você e eu não temos a capacidade de produzir em nós mesmos o domínio próprio. Não conseguiremos por esforço próprio controlar nossas ações e reações.  Precisamos reconhecer que não a temos o domínio próprio e desejar profundamente ser trabalhados em nossos corações por Deus.
À luz da psicologia, o domínio próprio é o superego que é desenvolvido a partir das relações com as pessoas. O meio em que você está vai definir os limites que você vai assumir. À luz da Palavra de Deus sabemos que o Espírito Santo vai gerar em nós essa virtude e que em nossos relacionamentos elas serão aprimoradas. Confessando uns aos outros nossas fraquezas somos curados (Tiago 5.16), cuidando uns dos outros somos protegidos, nos afastando das más amizades, não teremos nossos bons costumes corrompidos“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Coríntios 15.33).
Como árvores plantadas junto a ribeiros, sejamos nós, homens e mulheres plantados em Deus, por meio de Cristo, e desfrutemos da seiva do Espírito Santo.

2 Pedro 1.3-8: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Cristo Jesus também exerceu autodomínio. O apóstolo Pedro, quando trazia à atenção dos servos domésticos a necessidade de estarem sujeitos a seus donos, escreveu: “De fato, fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos um modelo para seguirdes de perto os seus passos. . . . Quando estava sendo injuriado, não injuriava em revide. Quando sofria, não ameaçava, mas encomendava-se àquele que julga justamente.” — 1Pe 2:21-23.

Por que devemos nos esforçar para ter autodomínio? Um motivo é que pessoas que sabem controlar suas emoções e seus  sentimentos costumam ter menos problemas na vida. Elas têm mais facilidade para construir bons relacionamentos. Além disso, conseguem controlar a raiva e têm menos ansiedade e depressão. Outro motivo é que, para sermos amigos de Deus, é fundamental saber controlar desejos errados e resistir a tentações.


Para ter autodomínio, precisamos estudar a Bíblia e tirar tempo para pensar no que estamos estudando. Veja o que Deus disse a Josué: “Este livro da Lei deve estar sempre em seus lábios; leia-o em voz baixa dia e noite, para obedecer cuidadosamente a tudo o que está escrito nele. Assim seu caminho será bem-sucedido, e você agirá sabiamente.” (Jos. 1:8) Por que estudar a Bíblia nos ajuda a ter mais autodomínio?

A Bíblia tem exemplos que mostram as vantagens de ter autodomínio e também os problemas que surgem quando não temos essa qualidade. Deus colocou essas histórias na Bíblia para nos ajudar. (Rom. 15:4) Por isso, devemos ler a Bíblia e meditar no que lemos, prestando atenção até mesmo nos detalhes. Tente entender como os exemplos da Bíblia pode ajudar  você e sua família. Peça que Deus o ajude a colocar em prática o que a Bíblia diz. Você talvez veja que precisa ter mais autodomínio em alguma área da vida. Se isso acontecer, não finja que está tudo bem. Ore sobre isso e procure ver o que você pode fazer para melhorar.
Sobre o pecado da gula:
A gula é pecado porque, de acordo com a Bíblia, é uma forma de idolatria. A mente, o coração e o bem-estar emocional da pessoa dependem da comida. Da ingestão exagerada de alimentos, além do natural e normal. O glutão vive para comer em vez de comer para viver. A Bíblia alista a gula (glutonaria) como pecado, juntamente com a prostituição, a feitiçaria, as heresias, os homicídios, etc., sendo que esta dependência impede a pessoa de fazer parte do Reino de Deus. - Gálatas 5:19-21.
Se somos incapazes de controlar nossos hábitos em relação à comida, isso é uma indicação de que provavelmente também somos incapazes de controlar outros hábitos, tais como os da mente (cobiça, avareza, raiva)
A Bíblia, e mais em concreto em relação àquela pessoa que se confessa cristã, diz que o seu corpo é o Templo do Espírito Santo, e quem lhe infringir danos desnecessariamente, como é o caso da gula, Deus julgará tal pessoa: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” - I Coríntios 3:16-17.
No Novo Testamento, os crentes estão desobrigados do rigor do Velho Testamento no que concerne à alimentação, I Timóteo 4:1-5, mas o princípio da moderação e da regra subjacente, com vista à boa condição física, continua presente: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber… mas o corpo é de Cristo”. Colossenses 2:16-17.

Os motivos que levam as pessoas a buscar conforto emocional nos alimentos, são os mesmos que levam as pessoas a procurar outro gênero de substâncias. A comida também provoca reações químicas no nosso organismo que nos fazem desfrutar de sensações de prazer, sonolência, euforia, etc.

Por exemplo, o chocolate é responsável pela produção de endorfinas (a hormona da felicidade) que deixa as pessoas num estado de ligeira euforia e descontração. É costume sentir uma grande vontade de comer chocolates, quando se atravessam situações de tristeza e não é por acaso, porque de todos os bolos e doces que existem a tendência é consumir algo com chocolate. O problema não é a comida, mas o descontrolo emocional que leva o indivíduo ao exagero.

É pecado confiar nos aditivos para conforto pessoal em vez de depositar a nossa confiança no Senhor? Sim! Porque é falta de fé e está escrito que tudo o que não é da fé é pecado! Romanos 14:23.

Quando a pessoa tem este tipo de comportamento, como se de um dependente se tratasse, poderá resolvê-lo fazendo um voto no sentido de contrariar o impulso de comer. Há quem chame “jejum parcial” a esta estratégia. E aí contarão com a ajuda de Deus. E devem buscar a Deus, porque não é fácil mudar, ou alterar, uma rotina, um hábito, sobretudo um mau hábito que oferece “prazer”, mas como diz o Evangelho “
aquilo que aos homens não é possível, para Deus todas as coisas são possíveis” - Lucas 18:27; 1:37; Marcos 9:23.

Daniel, o profeta, com os seus três amigos, sabendo que a comida que o rei da Babilônia lhes estava a oferecer era comida consagrada aos deuses, da qual não deveriam comer, determinaram (fizeram um voto) que não comeriam daquela comida. E, diz a Bíblia, que Deus deu graça a Daniel. E, o interessante é que ao fim de dez dias estavam com melhor parecer físico do que os outros jovens que haviam comido dos manjares do rei! Daniel 1:7-16. Noutra ocasião, o mesmo Daniel decidiu não comer “comida desejável” - Daniel 10:3.

Pessoas que são viciadas em café, refrigerantes, chá, etc, devem fazer um voto de cortarem de vez estes alimentos da sua dieta alimentar. É pecado comer chocolate, ou beber refrigerantes? Não. Mas a questão não deve ser colocada nesses termos, o que temos que questionar é se é conveniente? Há coisas que não são pecado mas podem não ser convenientes. - I Coríntios 10:23 Em I Coríntios 6:12 encontramos a recomendação para usarmos mas não nos deixarmos dominar pelas coisas lícitas, como é o caso da comida.

O Apóstolo Paulo, comparando a vida cristã à de um atleta, fala que temos necessidade de negar ao nosso corpo aquilo que ele gosta mas que, em certas circunstâncias, não é conveniente ou pode prejudicar o nosso desempenho espiritual e de serviço. - I Coríntios 9:22-27

O que é que acontece quando consumimos regularmente (sem precisar) uma substância que o nosso organismo reconhece? Deixamos de a produzir naturalmente e ficamos viciados no que quer que seja que ingerimos, seja na forma de droga, calmantes, ansiolíticos, ou comida. É a isto que se chama droga, e/ou aditivos, (caso contrário seria veneno, sendo que, veneno é a substância que o nosso organismo não reconhece e conseqüentemente reage através de alergia, asfixia e/ou morte). Isso é ser dependente ou tóxico-dependente, consoante a dependência seja de uma substancia tóxica ou não tóxica, mas em ambos os casos é uma dependência e não deixa de ser um vício.

Os gordos são pecadores? Não. Há pessoas que têm peso a mais devido a outros fatores sobre os quais não têm controle, nomeadamente uma disfunção da tiróide, ou o uso de alguns medicamentos durante o processo de um problema de saúde de outra ordem, mas tirando isso, há que ser honesto, assumir de uma vez por todas que há um problema emocional que o leva a empanturrar-se, ou mesmo a jejuar desmesuradamente. Muitas pessoas controlaram o seu peso só por libertarem o seu perdão sobre outras pessoas que os magoaram e mesmo sobre si próprios!

Reconhecemos a dificuldade da mudança, mas em Cristo e pelo poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus, a libertação da gula e o auto-controle é possível: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” - II Coríntios 5:17

Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele:
“Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” - João 8:30-31. Em Gálatas também aprendemos que um dos frutos do Espírito é a temperança, que significa, autodomínio. Quando a alegria enche o coração, a pessoa passa a estar concentrada noutras coisas e só come quando tem fome, porque é assim que deve ser! Comida é combustível, Deus é que é amor.

Deus nos abençoou ao encher a terra com comidas que são deliciosas, nutritivas e até mesmo prazerosas. Devemos honrar a criação de Deus ao apreciar essas comidas em moderação, controlando nossos apetites, ao invés de sermos controlados por eles.




Meu desafio é o de desejarmos receber essa dádiva de Deus nesta hora.




E o que vou fazer a respeito?
1.       Jejum de 24h para minha purificação espiritual;
2.       Meditar nessa mensagem;
3.       Procurar ouvir a voz de Deus!

 

Domínio próprio na Bíblia:


  Deus nos ajuda a ter domínio próprio. Não vivemos mais para o pecado. Agora vivemos para agradar a Deus, para fazer o bem. Ter domínio próprio traz liberdade para fazer o que é certo.

Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade.
Provérbios 16:32

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.  Gálatas 5:22-23

Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se.  Provérbios 25:28

Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar. 1 Coríntios 10:13

Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.  2 Pedro 1:5-7



Fontes:

Bíblia Sagrada

http://www.ipilon.org.br/conteudo-e-midia/mensagem/desfrutando-do-dominio-proprio

https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200003890

https://www.bibliaon.com/dominio_proprio/
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